Um atendimento médico sem barreiras de distância, realizado com o auxílio de tecnologia da informação e das telecomunicações. Assim pode ser definido o conceito de telemedicina, utilizada tanto para atender pacientes a partir de qualquer localização quanto para o treinamento e capacitação de profissionais da saúde.
Apesar dessa especialidade da telessaúde ter tido início na década de 50, quando um número restrito de médicos utilizava televisores para chegar a pacientes em lugares distantes, com a evolução da tecnologia o modelo avançou exponencialmente.
No início, o relacionamento foi ampliado por meio do telefone fixo, em seguida vieram os smartphones e, atualmente, diversos dispositivos conectados à internet facilitam as videoconferências. Além disso, o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) ampliou as possibilidades de se obter novos conhecimentos.
Panorama da telemedicina no Brasil
Segundo o coordenador da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMMS), Guilherme Hummel, a telemedicina, deve movimentar de US$7 a US$ 8 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos. Entre os motivos para isso estão a alta demanda de pacientes e a baixa oferta de profissionais. Para se ter uma ideia, hoje há um déficit de aproximadamente 8 milhões de médicos no mundo.
O modelo de atendimento regulamentado no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina, é essencial para ampliar o acesso de pessoas que residem em localizações distantes e que têm dificuldades em se consultar com especialistas.
Como a telemedicina funciona na prática
A telemedicina atua em três frentes distintas. Veja quais são elas:
1. Telelaudos
Por meio dos telelaudos, exames realizados em qualquer localidade podem ser laudados por médicos de centros de referência. Para isso, são utilizados sistemas tecnológicos que promovem o recebimento das imagens para a análise dos especialistas. Esses, por sua vez, enviam o parecer pela internet.
2. Teleducação
O principal foco da teleducação é a atualização e especialização de profissionais da saúde, principalmente aqueles que estão afastados dos grandes centros urbanos, neste caso as aulas são à distância transmitidas em tempo real via sistema de videoconferência, que possibilita também a gravação das aulas para consulta posteriormente.
3. Teleassistência
A teleassistência traz diversos serviços da rotina clínica para o ambiente online. Entre eles estão orientações a pacientes, monitorização, triagem e comunicação entre especialistas para discussão sobre diagnósticos, principalmente em situações de emergência. Para isso são utilizados chat, áudio ou videoconferência.
Inclusive, a conferência realizada por vídeo é uma das principais ferramentas da telemedicina. Se antes só era permitida para discussão de casos entre especialistas, a Resolução nº 2.227/18 do CFM regulamentou as teleconsultas e telediagnósticos via videoconferência.
Por meio de diversas diretrizes, como a exigência de gravação, armazenamento das imagens e envio de relatórios aos pacientes para manter o sigilo médico, é possível realizar consultas médicas remotas, mediadas pela videoconferência, com médico e paciente localizados em diferentes locais.
Principais vantagens da telemedicina
A telemedicina já vem sendo adotada por diversas instituições de saúde espalhadas pelo país, como é o caso do Hospital do Câncer de Barretos que já utiliza desta tecnologia para identificar câncer de pele a distância.
Veja algumas vantagens do modelo:
- atendimento a comunidades que não tem acesso à saúde especializada;
- aproximação entre médicos e pacientes, estreitando relacionamentos e favorecendo a recuperação;
- otimização da agenda de profissionais, que passam a atender um maior número de pacientes;
- maior especialização na realização de laudos;
- redução de custos operacionais e do tempo de atendimento;
- atendimento a pacientes com dificuldade de locomoção;
- possibilidade de médicos e outros profissionais participarem de capacitações que ocorram em qualquer região do mundo, tornando-se cada vez mais especializados em suas áreas;
- segurança e sigilo de dados, de acordo com normas internacionais.
A telemedicina no Brasil se apresenta como uma excelente estratégia para transpor barreiras geográficas, culturais e socioeconômicas. Traz benefícios mútuos, tanto para pacientes que precisam de atendimento especializado quanto para as instituições de saúde e profissionais que buscam a educação continuada.
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