O crescimento exponencial no volume de dados, aliado à necessidade de operações mais rápidas e eficientes, tem impulsionado a demanda por soluções robustas de tecnologia da informação, como data centers.
Vivemos em uma era de constante evolução, mas o aumento na dependência tecnológica também traz alguns obstáculos e, entre os principais, está a necessidade de equilibrar o progresso com a responsabilidade socioambiental. Com os critérios ESG ganhando força, as empresas precisam repensar suas ações, adotando práticas que reduzam os impactos ambientais e promovam uma gestão mais sustentável das suas infraestruturas.
Mas como essa ideia pode ser aplicada aos data centers? Neste artigo você vai descobrir a resposta através dos seguintes tópicos:
- Data centers vs ESG: entendendo os desafios por trás desta relação;
- Como profissionais da área podem delinear estratégias para adequar-se à sustentabilidade;
- Como especialistas em soluções tecnológicas podem colaborar para a conformidade com princípios ESG.
Data Centers vs ESG: entendendo os desafios por trás desta relação
O tamanho do mercado brasileiro de data centers deverá atingir 1,21 mil MW até 2029, crescendo a um CAGR de 10,17% durante o período de previsão (2024-2029)
Porém, essa expansão exponencial, impulsionada pela transformação digital, pela ascensão da Inteligência Artificial e pela crescente demanda por processamento de dados, trouxe à tona um dilema crucial: como equilibrar o crescimento tecnológico com práticas sustentáveis?
Na verdade, este tem sido o cerne da relação entre os data centers e os pilares ESG, resultando em alguns aspectos que são considerados desafiadores por parte das organizações, como:
- Garantir governança e transparência
A governança é uma das frentes mais complexas do ESG, especialmente em uma área tão técnica e estratégica quanto a de centros de dados.
Segundo um levantamento divulgado no portal Exame, 55% das organizações já conseguem atuar nos três pilares do conceito simultaneamente, mas temos 22,5% que priorizam dois pilares, e outros 22,5% apenas um. Ou seja, quase metade dos negócios entrevistados ainda enfrentam algum desafio para integrar estratégias ESG de forma equilibrada e eficaz, mantendo a competitividade no mercado.
A área social é de longe a que recebe mais ações de acordo com esse mesmo estudo: ela aparece em 90% das empresas pesquisadas. Logo, as principais dificuldades enfrentadas são mesmo em relação a implementar operações transparentes e sustentáveis, garantindo a rastreabilidade das ações e o alinhamento com regulações crescentes.
- Monitorar a geração de lixo eletrônico e o seu impacto ambiental
Outro ponto crítico é o descarte de equipamentos obsoletos, muitas vezes acelerado pela rápida evolução tecnológica. A geração de lixo eletrônico, quando não realizada corretamente, resulta em altos danos ambientais, como impactos no solo e na atmosfera.
Isso faz com que as empresas tenham que implementar estratégias para gerenciar o ciclo de vida de seus dispositivos, priorizando a reutilização, reciclagem e descarte responsável dos data centers.
- [H1] Controlar o uso de IA e o consumo energético
Por fim, a incorporação da IA no setor trouxe avanços significativos, como um novo patamar de produtividade e eficiência operacional. No entanto, essa tecnologia também gerou um aumento na demanda por energia e infraestrutura de processamento, colocando os data centers no centro de uma crise de consumo e exigindo a criação de estratégias para mudar esse panorama.
De acordo com previsões do Gartner, até 2025, a IA de maneira mais geral, consumirá mais energia do que a força de trabalho humana, ameaçando compensar os ganhos alcançados em termos de emissões zero de carbono. Falando especificamente das expectativas para data centers, esse desafio é ainda mais acentuado: a demanda de energia desses hardwares em nosso país pode aumentar de 1GW para 2,5GW até 2037, gerando investimentos superiores a R$ 54 bilhões.
ESG em data centers: como profissionais da área podem delinear estratégias para adequar-se à sustentabilidade
O compromisso com a sustentabilidade tem se tornado um pilar estratégico para empresas em todos os setores, e os data centers não são exceção. Inseridos em uma área notoriamente intensiva em energia, os profissionais responsáveis por essas infraestruturas devem buscar estratégias para torná-las mais alinhadas aos princípios ESG.
A boa notícia é que já existem formas de contornar todos os desafios e reduzir consideravelmente os impactos ambientais que essa infraestrutura pode gerar, como:
1. Otimização energética
A eficiência energética deve ser o ponto de partida, onde as equipes responsáveis podem realizar auditorias regulares para identificar áreas de desperdício. Para facilitar e automatizar essa tarefa, já é possível implementar soluções avançadas de gestão de monitoramento e controle do consumo em tempo real, como o DCIM, que reúne um conjunto de ferramentas voltadas especialmente para a administração e manutenção de data centers.
Além disso, a adoção de equipamentos com certificação de eficiência, como servidores e componentes de TI que atendem às especificações ENERGY STAR (um padrão internacional para certificar o consumo eficiente de energia em produtos eletroeletrônicos), é mais uma forma de reduzir significativamente o impacto ambiental.
2. Fontes de energias renováveis
Uma outra alternativa é substituir fontes de energia tradicionais por renováveis, como solar e eólica. Nesse cenário, as empresas podem tanto optar por construir suas próprias instalações de geração, quanto firmar contratos de fornecimento com parceiros especializados, mas de todo modo, essa é uma opção que ajuda na redução da pegada de carbono, já que diminui a dependência de combustíveis fósseis.
Algumas corporações também investem em sistemas de armazenamento ao possuir suas próprias estruturas, assim conseguem maximizar o uso de energia limpa durante picos de demanda.
3. Tecnologias de armazenamento e computação em nuvem
O uso de tecnologias de armazenamento modernas, como soluções baseadas na nuvem, reduz a necessidade de grandes espaços físicos e, consequentemente, a infraestrutura energética.
Hoje, já existem os chamados data centers híbridos, que combinam diferentes infraestruturas para otimizar o processamento de dados. Um exemplo prático seria a integração de um data center tradicional com a cloud, de modo a gerenciar cargas de trabalho distribuídas em um ou mais ambientes de nuvem.
4. Técnicas de resfriamento inovadoras
Por fim, os sistemas de resfriamento são uma das áreas mais intensivas em energia nos data centers e, para contornar o consumo, soluções inovadoras, como resfriamento por imersão líquida, técnicas baseadas em free cooling (uso de ar externo para controle de temperatura) e a utilização de inteligência artificial para otimizar os fluxos de ar, têm se mostrado promissoras.
Adicionalmente, o reaproveitamento do calor gerado por data centers para outras finalidades, como o aquecimento de edifícios, também é uma boa prática que, inclusive, contribui para a economia circular.
Como especialistas em soluções tecnológicas podem colaborar para a conformidade com princípios ESG
Considerando a complexidade técnica e o rápido avanço das tecnologias sustentáveis, aliar-se a um integrador de soluções se torna uma decisão estratégica. Isso porque esses profissionais analisam as necessidades específicas das empresas em relação aos seus data centers, propõem soluções personalizadas e implementam tecnologias que atendam aos requisitos de ESG sem comprometer a performance operacional.
Globalmente, a Convergint já é uma referência no assunto, desenvolvendo projetos tecnológicos inovadores e adaptados às necessidades de cada negócio, que podem incluir a implementação de data centers modulares e o fornecimento de outras soluções de automação que facilitam o monitoramento, o controle e a gestão dessas infraestruturas.
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